O senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) voltou a defender o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e atacou a cobertura da imprensa sobre as denúncias contra o peemedebista na sessão desta segunda-feira (10).
"Parte da mídia desse país quer fazer engolir a cada um de nós essas empulhações cometidas contra o presidente Sarney. A mídia não irá conseguir consagrar o seu intento. A mídia não ira fazer com que essa Casa se agache", disse Collor.
O ex-presidente também lembrou que a cassação do seu mandato teria sido apoiada por Sarney e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que, mesmo assim, apoiava a manutenção de Sarney na Casa e a gestão de Lula no Planalto por não guardar "rancor ou raiva".
"A minha saída teve o patrocínio do PT de Lula e a simpatia de José Sarney. Fui vítima de uma campanha insidiosa. Sofri muito. Arrancaram-me o mandato, levaram-me a mãe, dispersaram minha família e suspenderam meus direitos políticos por longos oito anos. Mas aqui estou apoiando o governo Lula e o presidente do Senado, José Sarney", disse Collor que, em seguida, arrematou: "Se calasse dentro de mim algum tipo de rancor, raiva ou revanche, momento melhor não haveria [para uma 'vingança']."
Antes de Collor usar a palavra, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a pedir a saída de Sarney da presidência do Senado. "Se o presidente Sarney não renunciar, sinto que, independentemente de nós, uma reação vai acontecer", disse Simon, referindo-se à pressão popular pela renúncia de Sarney .
Discursando do plenário, Simon relembrou o discurso em que falou que "seria melhor para o Senado", se Sarney deixasse a presidência. Ele também condenou a decisão de Sarney de ter programado seu discurso para o mesmo horário da reunião do Conselho de Ética que arquivou as primeiras quatro ações contra ele na última quarta-feira (5).
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