Olho vivo
Cinzas
É possível que imediatamente após a Quarta-Feira de Cinzas se conheça a decisão que o prefeito Gustavo Fruet tomará em relação ao projeto do metrô curitibano. A informação é que a análise do projeto deixado pela gestão anterior já teria sido concluída, mas não se sabe se houve consenso quanto à sua adoção. O mais provável, no entanto, é que sofra profundas (até no sentido literal da palavra) alterações.
Queixa
A vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, advogada trabalhista que já teve entre seus clientes o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, participou da última assembleia que, ontem, reunida na Praça Santos Andrade, decidiu encerrar a greve da categoria que já durava dez dias. A posição de Mirian foi entendida pelos empresários do setor como de apoio à continuidade do movimento. Desgostosos, os donos das empresas, que empregam 25 mil trabalhadores (contingente maior do que o da Polícia Militar), fizeram chegar suas queixas ao prefeito.
Mais cargos
Embora já enfrente dificuldades para aprovação de seus pedidos de empréstimo, o governo estadual enviou à Assembleia anteprojeto criando mais 41 cargos comissionados na estrutura do funcionalismo. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) mantém barrado o financiamento de R$ 816 milhões que o estado pretende tomar no Banco do Brasil/BNDES exatamente porque o gasto com a folha ultrapassou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Como?
Ainda faltam explicações sobre como a nova assessoria municipal de Tecnologia da Informação vai contribuir para abrir a caixa preta do ICI, promessa de campanha de Fruet. Sabe-se que a assessoria será logo transformada em secretaria mas não se sabe se terá estrutura para competir com o ICI e livrar a prefeitura da condição de refém dos seus serviços de informática.
O governador Beto Richa dá posse hoje de manhã às duas novas estrelas de seu secretariado. Reinhold Stephanes assume a Casa Civil e Ratinho Jr., a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu). A pergunta que se faz é: agora vai?
É o que se espera, pelo menos no que diz respeito ao novo chefe da Casa Civil, cuja longa experiência política e como administrador público certamente será fundamental para dar a dinâmica sempre prometida mas nunca comprovada pelo atual governo.
A Stephanes caberá, segundo consta, a tarefa de desemperrar a máquina, uma opção, portanto, técnica e administrativa adotada por Richa para desvanecer a sombra de inoperância que o acompanha desde o início do governo e que pode comprometer seu projeto reeleitoral.
A designação de Ratinho Jr. para a Sedu obedece mais ao viés político. A ideia é neutralizar, em parte, a derrota eleitoral que Richa sofreu em Curitiba ao superestimar a própria força e acreditar que poderia "rifar" impunemente o então correligionário Gustavo Fruet para eleger Luciano Ducci. Na imaginação do governador, a presença de Ratinho no secretariado poderá manter no estoque os 40% de votos que ele obteve na disputa pela prefeitura.
Além do mais, na Sedu, espera-se que Ratinho Jr. possa capilarizar a atuação política do governo. Afinal, as ações da pasta abrangem os 399 municípios do estado, com prefeitos sempre ávidos pelas pequenas obras que a secretaria pode lhes proporcionar. O que também favorece o suposto projeto de Richa de ter Ratinho Jr. como seu vice na campanha de 2014.
2012, o ano que não terminou
Mas a grande aposta recai mesmo sobre os ombros de Reinhold Stephanes. Não se sabe se terá tempo para fazer tudo o que dele se espera (afinal, descontado o período de campanha que antecede a eleição de 2014), restam, na prática, apenas 18 meses para o governo Richa acabar. E ainda falta muita promessa a cumprir.
Lembremos: em 9 de abril do ano passado, os secretários assinaram perante o governador um contrato de gestão, pelo qual se comprometiam a cumprir metas até dezembro do mesmo ano. Na ocasião, num documento de 54 páginas, a Agência Estadual de Notícias informava que o governo pretendia investir no ano R$ 2,7 bilhões (10% do orçamento geral do estado) e listava um varejo de 194 projetos e 299 metas a serem alcançadas até o fim do exercício.
No que deu? Em vez de R$ 2,7 bilhões, o investimento ficou na casa do R$ 1 bilhão pouco mais de um terço da previsão. É de se imaginar que os tais 194 projetos e 299 metas tenham sido reduzidos na mesma proporção.
Significa que 2012 não terminou para o governo e que grande parte das metas previstas para o ano passado fique para 2013. A culpa foi dos secretáros que não cumpriram o contrato de gestão? Com Stephanes no secretariado, cumprirão?
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