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Os políticos do Paraná têm pressa e já se armam para 2018

Nem bem termina uma eleição e já se pensa na seguinte. As principais peças do xadrez político do estado começam a se movimentar. A vitória de Rafael Greca em Curitiba e a derrota de Silvio Barros (irmão do ministro Ricardo Barros) em Maringá açularam cobiças de todos os lados. Beto Richa, que atuou nas trevas em favor de Rafael Greca (só apareceu ao lado dele para fotos horas depois da proclamação do resultado), se acha o grande vencedor.

Ficou convencido de que os 70% de impopularidade que amarga não são empecilho para projetos mais ambiciosos: quer se eleger senador em 2018 contando com um arco de apoios tão grande quanto lhe permita a habilidade política de que acredita ser possuidor.

Por isso, segundo um de seus mais próximos colaboradores, o chefe da Casa Civil, deputado Valdir Rossoni, já se esboça uma chapa que seria invencível: Osmar Dias para governador, Beto para senador.

Ainda falta combinar com os russos: Ratinho Jr. perdeu duas eleições em Curitiba mas não perdeu a majestade. Em 2012, ele próprio candidato a prefeito, foi derrotado por Gustavo Fruet; em 2016, ao dar dois partidos (PSC e PSD) e transferir prestígio a Ney Leprevost, foi outra vez derrotado. Continua, porém, dono da maior e decisiva bancada na Assembleia e com aliados espalhados nos grotões do Paraná – trunfos que o animam a manter o Palácio Iguaçu na mira, como anunciou o presidente do PSD, Eduardo Sciarra, um dos coordenadores da campanha de Leprevost.

Ricardo Barros, que viu seu irmão Silvio perder a prefeitura de Maringá e em a filha Maria Victoria fazer só 5% dos votos em Curitiba, certamente não desistiu de levar Cida Borghetti, sua mulher e vice-governadora, a disputar a sucessão de Richa. Com a renúncia do governador para concorrer ao Senado, ela terá os nove meses finais da gestão para se habilitar à disputa – um cacife nada desprezível.

Então, já temos, em tese, pelo menos três potenciais candidatos ao governo e um ao Senado, respectivamente, pela ordem, Osmar Dias, Ratinho Jr., Cida Borghetti e Beto Richa. Mas é preciso lembrar: são duas vagas em disputa para o Senado, o que significa que há boa chance para quem almejar a segunda cadeira. Gustavo Fruet estaria disposto a tentar? É possível.

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