
A defesa do doleiro Alberto Youssef afirmou ontem após uma audiência na Justiça Federal em Curitiba que as provas obtidas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal não são suficientes para comprovar que houve corrupção na Petrobras. "Não existe prova nenhuma de corrupção em relação à Petrobras. Ao menos nesse processo, há uma tranquilidade muito grande", declarou o advogado de Youssef, Figueiredo Basto.
Youssef, que está preso em Curitiba, é um dos suspeitos de participar de um esquema que teria sido criado dentro da Petrobras para desviar recursos públicos por meio de contratação de empresas e de lavagem de dinheiro. O depoimento de Youssef foi feito a portas fechadas na 13.ª Vara Federal de Curitiba. Além de Youssef, também depôs ontem o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Depois de acompanhar as oitivas, os dois retornaram à carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde estão presos.
A defesa do ex-diretor da estatal também afirmou que a acusação não se sustenta. "Essa prova apresentada hoje [ontem] mostra que a acusação é extremamente frágil, muito precária e não tem condições de dar respaldo à pretensão punitiva do Ministério Público", disse o advogado de Paulo Roberto Costa, Nelio Machado.
Gerente financeira da Sanko Sider Comércio Importação Exportação de Produtos Siderúrgicos, Fabiana Estaiano também seria uma das testemunhas, mas, como está grávida, foi dispensada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduziu a audiência. Outros seis acusados foram representados por advogados nas oitivas.
Depoimentos
À tarde, foram ouvidas outras duas testemunhas de acusação, mas sobre uma segunda ação da Lava Jato, referente a crimes financeiros. Entre os réus desta ação estão as doleiras Nelma Kodama e Iara da Silva, que também estão presas e compareceram à audiência para acompanhar os depoimentos.




