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Lava Jato

Delegados da Lava Jato criticam Dilma e Lula no Facebook, diz jornal

Segundo "O Estado de São Paulo", delegados do Paraná postaram várias críticas ao governo federal na rede social. Em nota, MPF diz que "reitera confiança" nos agentes da PF

Delegados da Superintendência da Polícia Federal (PF) que atuam na Operação Lava Jato usaram redes sociais para criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff (PT), segundo reportagem publicada nesta quinta (13) pelo jornal O Estado de São Paulo.

Segundo o jornal, os delegados compartilharam no Facebook propagandas do então candidato Aécio Neves (PSDB) e teceram várias críticas aos governos petistas.

Os agentes teriam reproduzido uma propaganda do tucano que mostrava reportagem com o conteúdo da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, na qual ele teria dito que Dilma e Lula sabiam do esquema de desvios de dinheiro público da Petrobras. A delação está sob segredo de Justiça.

Um dos delegados que atuou na prisão de Youssef, ainda de acordo com o jornal, postou duas propagandas eleitorais de Aécio. Uma dizia que o PT estaria perseguindo o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná. Outra reproduzia uma fala do tucano em um dos debates: "Que triste o país onde a presidente da República é quem decide quem será investigado".

Procurada pela reportagem da Gazeta do Povo, a PF do Paraná afirmou que não iria se manifestar sobre as postagens dos delegados. Os posts foram apagados da rede social.

Horas depois da publicação da matéria, a Procuradoria da República do Paraná afirmou, em nota, que "reitera a confiança e o apoio aos delegados, agentes e peritos" da PF que atuam na operação. A nota foi enviada em nome dos procuradores que fazem parte da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que investiga a Lava Jato.

"Em nosso país, expressar opinião privada, mesmo que em forma de gracejos, sobre assuntos políticos é constitucionalmente permitida, em nada afetando o conteúdo e a lisura dos procedimentos processuais em andamento", diz o texto.

"O objetivo de todos os envolvidos nessa operação é apenas o interesse público da persecução penal e o interesse em ver reparado o dano causado ao patrimônio nacional, independentemente de qualquer coloração político-partidária", continua.

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