Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal leram no começo da noite desta quarta-feira (2) os seis requerimentos de impeachment do governador José Roberto Arruda e do vice, Paulo Octávio (ambos do DEM), e dos processos de quebra de decoro contra parlamentares acusados de envolvimento em um suposto esquema de propina. A leitura dos requerimentos é o primeiro passo no processo que vai analisar a permanência de Arruda no governo.
Agora, os processos contra Arruda e Octávio seguem para a procuradoria da Casa, que terá 24 horas para dar um parecer. Depois, vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde, se tiver três dos cinco votos, vai a plenário. No caso dos deputados, os processos seguem para a Corregedoria, depois para a Comissão de Ética e, finalmente, ao plenário.
De acordo com o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), se houver 16 votos em plenário, Arruda é afastado imediatamente do cargo. A análise dos pedidos de impeachment de Arruda pode ser suspensa caso o governador renuncie antes da instalação de algum dos processos. Se houver renúncia após uma possível aprovação, o processo continua correndo.
Patrício criticou a invasão do plenário por manifestantes nesta tarde. Segundo ele, os deputados precisam se sentir "seguros" para poder entrar nas sessões. A sessão, prevista para o início da tarde, só pôde começar depois que os manifestantes desocuparam o local. "Qualquer pessoa pode entrar na Câmara. No plenário, só deputado ou assessor autorizado", disse.
Ele afirmou que a votação teria resultado "muito mais positivo" caso não houvesse a invasão. "Nunca tivemos [sessão] com a integridade física em questão. Temos um segurança hospitalizado [após a confusão]", disse. Patrício afirmou também que a área externa da Câmara continuará vigiada pela polícia.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
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