O discurso favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) pode ter contribuído para colocar o senador Alvaro Dias (PSDB ) em primeiro lugar nas intenções de voto para o governo do estado nas eleições de 2018. Em um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, o senador tucano aparece com 33,9% da preferência dos eleitores do estado. O senador Roberto Requião (PMDB) é o segundo, com 26,7%.
“Além de ser uma liderança conhecida, ainda tem o fato dele [Alvaro Dias] representar no estado a oposição ao governo federal”, explica o cientista político Marco Rossi.
Rossi lembra que o discurso pró-impeachment acabou se sedimentando no país, e quem defende a cassação da presidente Dilma no Paraná acaba levanto vantagem, devido à rejeição histórica dos paranaenses ao PT. “Quem está batendo nessa tecla em alguns lugares está ganhando”, avalia o cientista político.
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Leia a matéria completaPara Rossi, em uma pesquisa pré-eleitoral é natural que apareçam os nomes de políticos já conhecidos pelos eleitores. “O Requião também aparece bem nas pesquisas por ser ex-governador, por ser uma figura conhecida”, avalia.
De acordo com a pesquisa, Ratinho Junior (PSC) aparece em quarto lugar nas intenções de voto, com 16,9%, enquanto a senadora Gleisi Hoffmann (PT) alcança a marca dos 4,3%. A vice-governadora Cida Borghetti (Pros) teria 2,8% dos votos.
Em um segundo cenário, em que Alvaro Dias (PSDB) é substituído pelo irmão Osmar Dias (PDT), o senador Roberto Requião alcançaria 29,8% dos votos e Osmar 26,8%. Ratinho Junior (PSC) teria 19%, Gleisi 4,5% e a vice-govenadora alcançaria 3,4%.
Repercussão
A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com todos os políticos citados na reportagem. Em nota, Cida Borghetti afirmou ter ficado feliz com a lembrança de seu nome. “A pesquisa reflete o recall de eleições majoritárias recentes. O meu compromisso é trabalhar pelo Paraná e ter o reconhecimento no momento adequado”, disse a vice-governadora.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT) e o senador Roberto Requião (PMDB) não quiseram se manifestar. Já Alvaro Dias (PSDB), Ratinho Júnior (PSC) e Osmar Dias (PDT) não foram localizados para comentar o assunto.
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