
O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB), afirmou neste fim de semana não ter dúvidas do envolvimento do PT na quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra, e de dirigentes de seu partido. No sábado, em visita a Londrina, Norte do Paraná, o tucano pediu a apuração do caso e afirmou que não aposta no escândalo para vencer a eleição.
O deputado federal Gustavo Fruet, candidato do PSDB ao Senado Federal pelo Paraná, disse que enviou à direção nacional do partido pedido para que o Ministério Público Eleitoral investigue possível crime eleitoral na quebra dos sigilos. "Veja bem, não estamos acusando ninguém. Queremos que ocorra a investigação por parte do Ministério Público Eleitoral, pois essa não é a primeira vez que surge esse tipo de situação", afirmou Fruet.
Ontem, Serra voltou a falar sobre a quebra de sigilo, desta vez do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, que teve seus dados acessados 10 vezes em um único dia em abril de 2009, por um analista que trabalha na agência da Receita Federal em Formiga, 210 quilômetros de Belo Horizonte (MG). "Não tenho dúvida nenhuma que o PT está envolvido. Esse é o DNA do PT", afirmou. De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o analista tributário Gilberto Souza Amarante, que acessou os dados de Eduardo Jorge, é filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 2001.
Confronto com Lula
Serra evitou partir para o confronto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou, durante comício em Guarulhos (SP), no sábado, que o candidato tucano faz um "jogo rasteiro" ao "colocar a família como vítima". Na série de críticas a Serra, Lula afirmou que o programa do candidato está jogando pesado e rasteiro. "É próprio de quem não sabe nadar, cair na água, e ficar se batendo até morrer afogado", afirmou o presidente no sábado.
Perguntado sobre as afirmações de Lula no dia anterior, o candidato tucano disse que quem teria que vir à tona e debater seria a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "A Dilma fica na sombra do Lula na campanha e agora no debate. Está mais do que na hora de a Dilma se manifestar", disse.



