São Paulo - O vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, classificou como uma "operação política" as explicações dadas pelo secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e pelo corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa Dávila, sobre o vazamento de dados fiscais seus e de outros três tucanos ligados ao comando do partido. Segundo ele, uma cópia do processo de investigação da Receita comprova que não há indício da venda de dados, como garantiram ontem Cartaxo e Dávila. Jorge chamou de "embromation" as explicações dadas.
"Tenho uma cópia do processo de investigação da Receita. Ali não há indício, nem sequer suposição, de venda de dados", afirmou dirigente tucano. "Fica claro, no processo, que a quebra do meu sigilo foi uma operação política. As declarações de hoje [ontem] são mais uma operação política da Receita, desta vez destinada a abafar o escândalo." O tucano disse estranhar que, há dois dias, os diretores da Receita se negassem a falar sobre o assunto alegando "sigilo" e que agora tenham convocado uma entrevista coletiva.
O líder do PSDB na Câmara, o deputado João Almeida (BA), disse ontem que o rumo das investigações aponta para a existência "uma quadrilha que compra informações de outra quadrilha para promover ações criminosas e com claro propósito eleitoral". Ele reclamou da lentidão do governo para investigar o caso. "A cada instante a coisa fica mais grave."
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Big Brother religioso: relatório revela como a tecnologia é usada para reprimir cristãos
Cuba e México disparam de posição entre os países que mais perseguem cristãos no mundo
O problema do governo não é a comunicação ruim, mas a realidade que ele criou
Deixe sua opinião