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Em visita à Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, manteve a estratégia de criticar o governo federal sem citar o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a atual gestão é pouco atuante na área de segurança nacional e que, no setor de saneamento, "faz muita propaganda", sem tirar projetos do papel. "Fala-se muito de saneamento, o governo federal faz uma propaganda imensa, mas a gente não vê acontecer na realidade", afirmou durante caminhada na comunidade Ouro Preto, em Nova Iguaçu, neste sábado. "É preciso fazer menos propaganda nesse aspecto e fazer mais coisas acontecerem, tirar do papel".

Os investimentos do governo em saneamento foram alvo de polêmica nesta semana depois que a candidata governista, Dilma Rousseff, divulgou um volume maior do que o real em relação a recursos aplicado na área na favela da Rocinha, também no Rio. Dois dias depois, Dilma recuou e informou que os R$ 270 milhões citados por ela também incluíam obras de urbanização.

Apesar da alfinetada, o ex-governador de São Paulo evitou polêmica em relação à demora dos ministérios do Trabalho, Cidades e Educação em corrigir informações erradas fornecidas recentemente por Dilma. A demora gerou polêmica já que alguns ministérios usaram seus sites para rebater rapidamente críticas feitas por Serra em debates em programas de TV esta semana. "Eu só respondo questões da candidata. Os ministérios não são candidatos a presidente, nem o governo federal. Então eu respondo, eu dialogo com os candidatos", afirmou Serra.

Na visita que durou cerca de uma hora, o candidato conversou com moradores e chegou a aceitar um convite para subir na laje de uma casa de tijolos aparentes, onde comeu churrasco e bebeu cerveja. Para a região, o candidato defendeu trem de superfície, clínicas ambulatoriais e escolas técnicas.

Serra também evitou comentários sobre a queda nas intenções de voto apontada pela pesquisa Datafolha de sexta-feira. De acordo com o levantamento, o tucano perdeu quatro pontos, ficando com 33%, oito pontos atrás de Dilma, que subiu cinco pontos, para 41% das intenções de voto. "Eu já estive muito na frente, fui para trás, vai para frente. Eu não comento pesquisa se não a gente não faz outra coisa."

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