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corrida presidencial

Dilma e Marina trocam acusações sobre bancos

Presidente ataca a proposta da adversária de autonomia para o BC. Já a ex-senadora rebate dizendo que o governo petista criou a “bolsa banqueiro”

Presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata Marina Silva (PSB), que têm as maiores intenções de voto em todas as pesquisas eleitorais nacionais | Ueslei Marcelino/ Reuters ; Nacho Doce/ Reuters
Presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata Marina Silva (PSB), que têm as maiores intenções de voto em todas as pesquisas eleitorais nacionais (Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters ; Nacho Doce/ Reuters)

A discussão sobre a autonomia do Banco Central (BC) desencadeou ontem ataques entre Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT), adversárias na corrida presidencial. Atacada em inserções da campanha da presidente Dilma por causa da defesa da autonomia do BC, Marina rebateu as acusações e afirmou que o governo petista criou a "bolsa empresário", a "bolsa banqueiro" e a "bolsa juros altos". Já Dilma, por sua vez, afirmou que não tem o apoio de banqueiro, em referência à acionista e herdeira da holding Itaúsa Maria Alice Setubal, a Neca, que integra coordenação de campanha de Marina.

A polêmica teve início ontem quando a campanha petista começou a veicular inserções afirmando que, com a proposta de dar autonomia formal ao BC, Marina quer dar aos bancos "um poder que é do presidente e do Congresso eleitos pelo povo". "Ela [Dilma] disse que ia ganhar para baixar os juros. Nunca os banqueiros ganharam tanto como em seu governo. Agora, eles que fizeram a bolsa empresário, a bolsa banqueiro, a bolsa juros altos, estão querendo nos acusar de forma injusta em seus programas eleitorais", declarou a candidata do PSB.

Já Dilma voltou a defender seu ponto de vista. "O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocrata, nem por banqueiros. O Banco Central é indicado sua diretoria por quem tem voto direto", disse.

Perguntada se a posição contrária à autonomia da instituição significava que existe por parte do governo alguma interferência na autoridade monetária, Dilma não respondeu. Ela disse, no entanto, que o Congresso "chama" o BC e o faz "prestar contas". De acordo com a presidente, a independência do BC representa que o banco definirá de forma direta a política econômica. "Representa uma coisa muito simples [a autonomia]. Vão definir a taxa de juros, as condições de política de crédito, serão definidas automaticamente, sem prestar contas ao Executivo nem sequer ao legislativo", afirmou.

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