A presidente Dilma Rousseff (PT) largou na frente de Aécio Neves (PSDB) na montagem de palanques para a disputa do segundo turno.Na largada, a petista tem a seu lado a maioria dos governadores eleitos no primeiro turno e a maior parte daqueles que passaram para o segundo turno nas disputas estaduais.Dos 13 governadores eleitos no domingo (5), Dilma, em princípio, já conta com o apoio de sete deles.
São eles: Fernando Pimentel (PT-MG), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Jackson Barreto (PMDB-SE), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Renan Filho (PMDB-AL).
Já Aécio conta com os reeleitos Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Beto Richa (PSDB-PR) além do eleito Paulo Hartung (PMDB-ES).
Os outros três eleitos no primeiro turno --Pedro Taques (PDT-MT), Flávio Dino (PC do B-MA) e Paulo Câmara (PSB-PE)-- ainda não declararam para que lado seguirão na reta final da campanha ao Planalto.
Nas 14 disputas de segundo turno, Dilma tem hoje a perspectiva de apoio de 16 dos 28 candidatos. Nove candidatos tendem a apoiar Aécio, e outros três estão indefinidos.
APOIOS INCERTOSAlguns desses possíveis apoios a Dilma no segundo turno, contudo, não estão 100% confirmados.
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), por exemplo, disputará o governo contra um petista, Camilo Santana.
Embora já tenha dito ser eleitor de Dilma, ele conta com o apoio do PSDB em sua coligação e tende a evitar a federalização da disputa --no primeiro turno, conseguiu que Dilma ao menos se mantivesse neutra na disputa. A ideia do peemedebista, agora, é colar ainda mais na imagem da presidente petista.
Situação semelhante ocorre no Rio Grande do Norte, onde o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), também se coligou com o PSDB localmente. Disputará contra Robinson Faria (PSD), que teve apoio do PT local.Em Pernambuco, a situação é de indefinição, mas com tendência de o PSB local apoiar Aécio, sob a liderança do governador eleito, Paulo Câmara. O atual governador do Estado, João Lyra Neto, também do PSB, já anunciou seu voto ao tucano.
Com melhor desempenho no Nordeste, onde ficou à frente de Aécio no primeiro turno, Dilma deverá concentrar forças nessa região, onde já tem como base os governadores eleitos de Alagoas, Sergipe e Piauí.
Fora do eixo nordestino, a petista também fincou bandeira no Tocantins e em Santa Catarina.
MINAS GERAISMas o maior trunfo da petista nestas eleições está concentrado no reduto de seu rival.Em Minas Gerais, além de computar mais votos na comparação com Aécio no primeiro turno, Dilma elegeu o primeiro governador petista da história no Estado: o ex-ministro Fernando Pimentel.
Assim como fez no primeiro turno das eleições, a petista intensificará as viagens ao Estado para aumentar seu desempenho nas urnas mineiras.
Já Aécio, ainda surfando na onda da arrancada nas urnas que o levou ao segundo turno, tem a seu favor o apoio de governadores eleitos no primeiro turno em dois grandes colégios eleitorais em que leva larga vantagem sobre Dilma: São Paulo e Paraná.
Só em São Paulo, onde Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito com 57% dos votos, Aécio venceu com 44%, o que equivale a 10 milhões de votos. Sua diferença sobre a rival, que ficou com 26%, foi de mais de 4 milhões de votos.
No Paraná, Beto Richa (PSDB), também reeleito no primeiro turno com 56%, cederá palanque para Aécio, que abocanhou 50% dos votos no Estado. O presidenciável tucano abriu uma vantagem de mais de um milhão de votos sobre Dilma.
No Nordeste, onde perde para Dilma, Aécio Neves só tem um palanque certo até o momento: Cássio Cunha Lima (PSDB), na Paraíba. Cunha Lima ficou praticamente empatado com Ricardo Coutinho (PSB) no primeiro turno. No Estado, Dilma teve mais de 1 milhão de votos. Aécio não chegou aos 500 mil.
No Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (PMDB), que disputa o segundo turno com Tarso Genro (PT), pode anunciar apoio ao tucano.
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