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Fortalecido pelas urnas, com a eleição de sete governadores e a manutenção da segunda maior bancada no Congresso, com 66 deputados e 18 senadores, o PMDB será o grande aliado petista para compor o governo de Dilma Rousseff. O partido, porém, deve cobrar caro pela governabilidade. "O PMDB cresceu e emerge dessa eleição maior do que entrou. Isso sugere um espaço maior, mais importante", diz o presidente da legenda do Paraná, Rodrigo Rocha Loures.
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Segundo ele, o PMDB quer espaço para debater os grandes temas do próximo mandato, como reforma política e economia. "O PMDB será protagonista", diz Rocha Loures, um dos principais interlocutores do vice-presidente Michel Temer, que também ocupa a presidência nacional do PMDB.
Nos bastidores, Temer vinha dando vários sinais de descontentamento com a relação PT-PMDB. O quadro teria se agravado durante a corrida eleitoral, quando decisões de campanha eram tomadas sem a presença do vice. A situação, agora, parece ser outra. Dilma, em seu pronunciamento como presidente reeleita, no domingo, em Brasília, dirigiu seu primeiro agradecimento a Temer. Caberá ao vice manter o PMDB unido junto ao governo. A fidelidade do partido é essencial para que o Planalto consiga dialogar com um Congresso considerado "conservador" e diluído entre 28 partidos. "Para isso, a articulação de Temer será fundamental. É ele que tem conseguido manter o partido unido", diz o deputado federal João Arruda (PMDB-PR).
Nessas eleições, boa parte da bancada do PMDB não escondia a preferência por Aécio Neves e, nos estados, governadores da legenda se elegeram com discurso contrário ao PT.
Na Câmara, o próprio líder do PMDB, Eduardo Cunha, é visto como inimigo pelo Planalto. Ontem, Cunha disse que o PT não poderá ocupar o comando do Congresso na próxima legislatura. Nesta eleição, o PT conquistou a maior bancada da Câmara com 70 deputados, quatro a mais do que o PMDB, segundo no ranking. As duas legendas fizeram um acordo em 2010, pelo qual ficou acertado um rodízio entre os dois partidos na presidência da Câmara. "Não tem sentido você defender que o partido que ganhou a eleição fique também com o comando do Congresso porque seria uma hegemonização do poder na mão no PT", afirmou o deputado, que é cotado para assumir a presidência da Casa.



