O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a criticar o presidenciável Aécio Neves (PSDB), que pela primeira vez retrucou de forma incisiva a atuação do petista. Ontem, Lula afirmou que votar em Aécio é um voto "no atraso, no retrocesso". Já o tucano disse lamentar "que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo" e que "é triste para sua própria biografia".
Lula discursou ontem em um comício para mais de 6 mil pessoas no centro de Porto Alegre. Ele ainda fez ironias com o candidato tucano, afirmando que Aécio "nunca chegava ao Rio Grande do Sul porque parava antes no Rio de Janeiro". O candidato do PSDB esteve no Rio Grande do Sul no último sábado. O ex-presidente também foi irônico ao tratar do papel da imprensa.
Na terça-feira, em evento de campanha com a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, Lula disse que as agressões que a campanha petista vem recebendo do presidenciável tucano e seus correligionários do PSDB se comparam ao comportamento dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Críticas
Ontem, Aécio afirmou que a atual disputa presidencial entrará para a "história" por causa das "infâmias" que, segundo ele, marcam a campanha do PT, que não tem "limites para se manter no poder". Ele citou "boletins apócrifos dando a ideia de que poderíamos estar indo na direção da diminuição ou fim dos programas sociais ou privatização dos bancos públicos".
"Não vai acontecer", acrescentou o candidato, em entrevista coletiva em Belo Horizonte. Ele fez questão de ressaltar "compromissos" com a manutenção de programas sociais, "em especial o Bolsa Família", além da "profissionalização" dos bancos públicos e a revisão do fator previdenciário.
Dilma
Já Dilma Rousseff retomou os ataques ao governo dos PSDB e afirmou, em Uberaba (MG), que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso bateu o recorde de desemprego em 2002. "Nós sabemos quem é que no passado desempregou. Sabemos quem é que bateu o recorde de desemprego em 2002: o governo de Fernando Henrique Cardoso", disse ela em um rápido comício após um passeio em carro aberto em Uberaba. Segundo ela, em 2002, o Brasil superou 11 milhões de desempregados e só perdeu para a Índia naquele ano, com 41 milhões de desempregados.
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