Em luto pela morte de Eduardo Campos, o diretório do PMDB do Paraná decidiu que fecharia as portas até segunda-feira. A decisão, porém, pode ser entendida como uma maneira de evitar que ocorra, hoje, a reunião convocada pelo senador Roberto Requião, candidato do partido ao governo do estado, para deliberar sobre a dissolução da Executiva estadual do partido nem o diretório regional do PSB, partido de Campos, encerrou as atividades.
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Assessores de Requião dizem que a reunião ocorrerá de qualquer maneira, mesmo se tiver que mudar de local ou "arrombar a porta". O encontro consta da agenda do candidato e está marcada para as 14h. Já a assessoria do diretório do PMDB garante que o prédio estará fechado. O jurídico do PMDB no estado acionou o Conselho de Ética da sigla, alegando que a reunião não teria fundamento legal para dissolver a Executiva. Para a ala do presidente da Executiva, Osmar Serraglio (PMDB), apenas o diretório nacional teria esta competência.
O deputado estadual Stephanes Jr., 3.º vice da Executiva, desconversou. "Ninguém sabia que o Eduardo Campos ia morrer. Cada um demonstra respeito como quer", disse. Ele também desqualificou a atitude do colega de sigla. "É uma atitude ditatorial e desrespeitosa do Requião, além de ser ilegal. Ele tem de respeitar as decisões do partido. Nós ganhamos a convenção e fomos eleitos [para a Executiva]. Ele ganhou a convenção para ser governador e ninguém está incomodando ele", pontuou.
Pelo estatuto do PMDB, a dissolução é prevista se houver comprovação de irregularidade e se a decisão for tomada por maioria do diretório hierarquicamente superior. O grupo ligado a Requião afirma que a Executiva, que trabalhava para apoiar a reeleição de Beto Richa, incitou a infidelidade partidária ao dar carta branca aos membros para fazerem campanha a qualquer candidato e não necessariamente a Requião. Também diz que o diretório está acima da Executiva, e por isso poderia tomar a decisão.
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