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Proporcionais

PSDB, PMDB e PT lutam para manter bancadas

Tucanos precisam aumentar o número de votos para não perder deputados. Repetindo a votação, ala petista cresce e peemedebista fica igual

Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná: contas e composições para a nova legislatura | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná: contas e composições para a nova legislatura (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)

As três principais forças políticas do Paraná na Câmara Federal e na Assembleia Legis­­lativa, PSDB, PMDB e PT, vivem situações distintas nas suas eleições proporcionais. A coligação encabeçada pelos tucanos terá de aumentar sensivelmente a votação de sua chapa de deputados, em relação a 2010, para manter sua bancada nas duas Casas. Já os petistas verão seu grupo crescer se repetirem o desempenho das eleições passadas. O PMDB, mesmo com chapa pura, fica exatamente no meio: se repetir a votação de 2010, deve apenas manter os deputados que já tem.

INFOGRÁFICO: Confira o número de votos que cada coligação precisa para manter sua bancada

Na Câmara, tucanos e petistas apostaram em "chapões" para a disputa. A coligação do PSDB conta com nove partidos, que, juntos, possuem 16 deputados. Já os petistas se uniram com outras quatro legendas, todas elas sem nenhum deputado atualmente – o PT conta com quatro, além de André Vargas, que se desfiliou recentemente.

Com 57 candidatos, o chapão tucano precisaria fazer, em média, 55 mil votos por candidato para repetir sua bancada – incluindo aqui os votos de legenda. É uma marca bastante alta: dos nove partidos da coligação, apenas o PSDB e o PR conseguiram ultrapassar esse índice há quatro anos – vale destacar que duas legendas da coligação, PSD e SD, ainda não existiam em 2010. Já o chapão petista conta com 52 candidatos e precisaria, em tese, de apenas 19 mil votos para reeleger cinco parlamentares. PT e PCdoB fizeram, respectivamente, 63 mil e 38 mil em 2010. O PDT, por outro lado, fez 18 mil.

Já na Assembleia, a configuração é diferente. O PSDB se coligou com outros quatro partidos que, juntos, contam com hoje com 18 deputados e 69 candidatos. Para repetir a bancada, precisaria de uma média de 28 mil votos, que não foi atingida por nenhuma das legendas em 2010. Já o PT está ligado com outras três agremiações que, juntas, contam com 11 deputados e 66 candidatos. Para manter a bancada, seriam necessários 18 mil votos por concorrente – PT e PDT, responsáveis por 77% dos candidatos, fizeram 27 mil e 26 mil votos por candidato cada um em 2010.

Puro sangue

Já o PMDB optou pelo caminho inverso e vai de chapa pura nas duas Casas. Antes da convenção, parte do partido queria se coligar com o PSDB, alegando que, sem isso, a legenda perderia deputados. Entretanto, os números mostram que, mesmo sem outro partido para deixar as chapas mais "leves", a legenda tem condição de manter suas bancadas.

Na Câmara, o partido tem hoje cinco deputados e 18 candidatos. Para manter a bancada, cada candidato teria que fazer, em média, 54 mil votos. Com 17 concorrentes, o partido fez uma média de 58 mil votos por candidato em 2010. Já para a Assembleia, onde conta com 13 parlamentares, o partido tem 40 candidatos. Para repetir a dose, a média precisaria ser de 35 mil votos por candidato – pouco mais que os 34 mil das eleições passadas, quando contou com 33 candidatos.

Expectativa

"Fator Ratinho" deve fazer do PSC a nova força da Assembleia

A presença de Ratinho Jr. (PSC) nas eleições de 2014 pode modificar bastante a correlação de forças na Assembleia na próxima legislatura. Atualmente, o PSC e sua coligação têm apenas dois representantes no legislativo estadual. Pela montagem das chapas, esse número pode crescer bastante: o grupo precisaria de apenas 2 mil votos por candidato para superar essa marca – contra, por exemplo, 18 mil da chapa petista, 28 mil da chapa tucana e 34 mil do PMDB. A coligação do PSC conta com o maior número de candidatos: 98, divididos entre PSC, PTdoB e PR. Juntos, eles fizeram 6,8 mil votos por candidato nas eleições passadas – um número pequeno, mas três vezes maior que o necessário para reeleger a atual bancada. A tendência, entretanto, é de crescimento. Ratinho, por exemplo, fez 358 mil votos para deputado federal em 2010.

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