Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Propaganda

Tevê e rádio ligam o botão da eleição

Aposta principal dos candidatos para se tornarem mais conhecidos e vencerem o pleito de 5 de outubro, o horário eleitoral gratuito começa hoje

 |

Principal ponto na estratégia dos candidatos para convencer os eleitores, o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão começa hoje. Durante sete semanas, os programas irão ao ar de segunda a sábado em quatro horários diferentes: das 7 às 7h50 e das 12 às 12h50 no rádio; e das 13 às 13h50 e das 20h30 às 21h20 na tevê.

INFOGRÁFICO: Veja um resumo de como será o horário eleitoral gratuito

Candidatos a presidente e a deputado federal vão ao ar às terças, quintas e sábados. Às segundas, quartas e sextas, o espaço será destinado aos postulantes a governador, deputado estadual e senador. A última veiculação será em 2 de outubro, a três dias antes do primeiro turno das eleições.

O tempo que cada candidato terá para divulgar suas ações no horário eleitoral é um dos principais componentes avaliados pelos partidos na definição das alianças. Não por acaso. Uma propaganda bem feita "pode definir uma eleição", lembra o cientista político do Grupo Uninter Doacir Quadros. É o que pensa também o professor Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "[O horário eleitoral] pode mudar o voto de quem já tem candidato e ajuda a definir o de quem ainda não tem", avalia.

É a partir da propaganda no rádio e na tevê também que o eleitor passa a ter consciência de que existe uma campanha em andamento. "É como se fosse um botão de 'liga-se'", avalia Quadros. A regra vale para o militante. "A propaganda eleitoral motiva os militantes a ir às ruas conquistar votos", diz. "Na prática, a campanha começa mesmo com o início da propaganda eleitoral", diz Baía. "É a largada para o trabalho do que chamo de 'infantaria de rua e a infantaria digital'", acrescenta.

Igualmente importantes são as inserções, os comerciais que vão ao ar em meio à programação das emissoras. Baía ressalta que elas incomodam menos o eleitor pouco interessado no assunto porque estão pulverizadas ao longo do dia e parecem anúncios comuns. Mais para o final da campanha, porém, a importância do horário eleitoral aumenta "porque o eleitor tende a se interessar mais pelo assunto", avisa.

Os dois cientistas políticos concordam ainda que os programas eleitorais passam a ser mais relevantes para o eleitor no segundo turno. Com a disputa polarizada e os tempos de programa iguais, "é mais fácil identificar as diferenças entre os candidatos", diz Quadros. "A estratégia de cada um pesa mais [nessa etapa]", emenda Baía.

Outro ponto de convergência entre os analistas é que a propaganda eleitoral é mais importante para os cargos majoritários – presidente, governador e senador. Para os concorrentes a cargos legislativos, geralmente em grande número, a influência é menor. "A não ser que o partido concentre os esforços em um ou outro candidato", diz Baía. Para Doacir Quadros, quem disputa uma vaga na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa tem mesmo é que partir para o "corpo a corpo", deixando de lado as mídias tradicionais.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.