O candidato Rafael Greca (PMN) pediu formalmente que o juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba nomeie um perito para analisar as peças que estão na sua chácara em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso foi alvo de polêmica durante o primeiro turno da campanha eleitoral na capital, após vir à tona a suspeita de que três itens extraviados da Casa Klemtz estariam na Chácara São Rafael, de propriedade do ex-prefeito. Entre os objetos estariam uma fonte, um lavatório e uma cristaleira. Faltam nove dias para o segundo turno da eleição municipal.
“Acontece que, e em razão da proximidade do segundo turno das eleições, onde a disputa entre os concorrentes é acirradíssima, se faz necessária a produção antecipada de provas para que o requerente demonstre, sem sombra de dúvidas, que os móveis que administração pública afirma terem sumido (...) não estão em sua residência em Piraquara”, explica o texto da petição.
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Leia a matéria completaSegundo a advogada da coligação Curitiba, Inovação e Amor, Vanessa Volpi, a perícia foi solicitada porque, passado a polêmica eleitoreira, Greca sentiu a necessidade de passar o problema a limpo. “Agora é uma questão pessoal para o Rafael Greca. Ele foi chamado de tudo de horrível”, explicou a advogada.
A divulgação do pedido de perícia acontece após o recente ingresso de um advogado na Justiça para que o caso das peças desaparecidas da Casa Klemtz seja apurado. Até então, Greca vinha se negando a abrir a propriedade para averiguação da imprensam dizendo que só permitiria a visita após as eleições.
Durante o primeiro turno da eleição, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), responsável pela Casa Klemtz, localizada no Fazendinha, abriu uma sindicância para apurar o suposto desvio de três móveis que seriam do acervo municipal. A casa foi comprada pelo município na época da gestão de Greca e transformada em patrimônio público.
Uma das peritas responsáveis pela restauração da Casa Klemtz em 2007, Tatiana Zanelatto Domingues, chegou a comentar publicamente que havia indícios e evidências notórios de que os bens desaparecidos da FCC eram os mesmos localizados na chácara do candidato. O Tribunal de Justiça anulou, liminarmente, a sindicância. O órgão entendeu que a apuração, naquele momento, “não pode ser utilizada como instrumento para favorecimento ou prejuízo a nenhum dos candidatos que disputam as eleições municipais de 2016, em possível desvio de finalidade ou abuso de poder”.
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