Um ponto que poderia ter sido esclarecido pelo executivo Marcelo Odebrecht é o possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema investigado pela Operação Lava Jato .
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A Polícia Federal (PF), porém, avançou no caso pelas próprias investigações e o executivo perdeu mais um elemento para barganhar um acordo que poderia trazer benefícios à sua possível condenação.
Um relatório da PF usado para embasar o pedido do cumprimento de medidas na 23ª fase da Lava Jato aponta para um “possível envolvimento” de Lula em “práticas criminosas”. Há suspeitas de que a empreiteira Odebrecht arcou com os custos da construção do Instituto Lula e de obras em outras propriedades do ex-presidente.
Barganha da Odebrecht para delação premiada perde força com avanço da Lava Jato
Leia a matéria completaNo relatório, a força-tarefa afirma ainda que há uma anotação no celular do executivo com a menção às palavras “prédio” e “Vaca”, o que indicaria recurso destinado ao então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O valor gasto teria sido de R$ 12,4 milhões. Conforme o relatório, as anotações revelam “o controle que o dirigente máximo do grupo Odebrecht tinha sobre a destinação de recursos, à margem da lei, ao Partido dos Trabalhadores”.
Em relação ao ex-presidente, Odebrecht ainda tem um elemento a seu favor, caso queira negociar um acordo. Ele pode ajudar a esclarecer a relação do sítio em Atibaia (SP) com Lula. A PF já abriu inquérito para investigar o assunto e uma das questões a ser respondida é se a empreiteira fez reformas no local, conforme testemunho da dona de uma loja de materiais de construção. Foram incorporadas quatro suítes à propriedade. A reforma teria contado ainda com a ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula preso na Lava Jato.
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