O secretário de Planejamento do Paraná, Silvio Barros, acredita que os governos estaduais podem ser afetados pela perda do grau de investimento pelo Brasil. Mesmo assim, ele argumenta que a administração paranaense está fazendo a lição de casa e deve terminar o ano com o orçamento equilibrado.
A perda do grau de investimento afeta os estados?
Não tanto a perda específica de uma agência, mas o indicativo de que vamos continuar perdendo. Se mais uma tirar o grau, a gente vai começar a sentir de maneira mais dura e imediata a perda de investimentos, a evasão de recursos. Isso é muito ruim para todos. Empresas que estão se programando para investir certamente vão colocar em stand-by suas decisões e isso pode dificultar tanto a capacidade de gerar empregos como de retomar a atividade econômica.
Diante da decisão da S&P de rebaixar o Brasil, o Paraná tem onde cortar gastos ou elevar a arrecadação?
A situação financeira do Paraná neste momento não está totalmente equilibrada, mas caminha para isso. Estamos trabalhando para conseguir terminar o ano empatados. Para quem começou o ano com R$ 2 bilhões de déficit, é um baita desafio. Estamos conseguindo chegar a um resultado menos ruim.
Há algo que poderia servir para o governo federal?
Embora o cerne do problema, que é a folha de pagamento, seja o mesmo para todo mundo, as características são um pouco diferentes. O Paraná tem tido a possibilidade de se apresentar como uma alternativa interessante para alguns investimentos, que precisam ser feitos de qualquer forma. Nós não temos problema de energia – somos os maiores exportadores do Brasil. Não temos problemas de água. A gente reúne alguns componentes logísticos e de infraestrutura que podem ser decisivos para algumas empresas e estamos usando isso de maneira bastante agressiva por novos investimentos.
O Paraná tem se mostrado reticente sobre a reforma do ICMS defendida pelo ministro Joaquim Levy.
O estado do Paraná precisa utilizar as ferramentas que estão disponíveis para resolver os seus problemas e buscar atratividade de negócios. Antes de discutirmos incentivos fiscais, nós temos toda uma gama de outros elementos que devem ser apresentados às empresas como diferencial de competitividade. O incentivo fiscal é importantíssimo, mas deve ficar o mais para o final da fila possível.
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