Evandro Junior e Mara Lima disputam gabinete de Camargo

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Os deputados Evandro Junior (PSDB) e Mara Lima (PSDB) protagonizaram nesta quarta-feira (17) uma disputa inusitada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Os dois reivindicam o gabinete deixado por Fábio Camargo (PTB), que renunciou o mandato na terça-feira (16), após ter sido eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR).

Segundo a assessoria da Assembleia Legislativa, o impasse foi resolvido com um sorteio na tarde desta quarta-feira, e Mara Lima acabou ficando com a sala. A reportagem tentou contato com a deputada, mas ela não foi localizada para comentar o caso.

A discussão começou depois de Evandro Júnior ter levado seus objetos e de seus assessores para a estrutura que vinha sendo utilizada por Camargo. O gabinete, que fica no oitavo andar, havia passado por uma reforma recentemente. A mudança ocorreu na noite de terça-feira. No entanto, horas depois, o local acabou sendo ocupado pela deputada Mara Lima.

Na manhã desta quarta, Evandro Júnior encontrou a sala trancada e com as fechaduras trocadas. Seus pertences haviam sido deixados no antigo gabinete. Irritado, o parlamentar buscou explicações junto ao presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), que autorizou Mara Lima a utilizar o espaço vago.

Evandro alegou que o gabinete já havia sido prometido a ele pelo ex-deputado Fábio Camargo, que inclusive teria lhe entregado as chaves. O parlamentar também explicou que a mudança foi comunicada ao secretário da Casa, Plauto Miró (DEM). No entanto, durante a manhã, Rossoni, manteve sua posição. "Se a deputada Mara foi instalada lá, foi com autorização do presidente", declarou para a imprensa.

Sessão

Durante a sessão realizada no período da tarde, Evandro voltou a tocar no assunto. "Gostaria que a mesa diretora desses esclarecimentos sobre a invasão que ocorreu na calada da noite."

Rossoni criticou a postura do colega de partido. O presidente ainda justificou a retirada dos objetos de Evandro, alegando que Fabio Camargo não teria poderes para definir quem iria utilizar o gabinete.