Ex-petistas, os deputados federais Assis do Couto (PDT) e Toninho Wandscheer (PROS) podem tomar caminhos opostos nesses domingo (17).
Couto confirmou, na tarde desta quarta-feira (13), que vai respeitar a posição do seu partido e votará contra o impeachment. Já Wandscheer disse ser contrário, mas que vai seguir a orientação do seu partido – que tende a ser favorável.
Os dois tiveram uma trajetória parecida nestes últimos meses. Em setembro de 2015, os dois deixaram o PT e se filiaram ao PMB, o Partido da Mulher Brasileira – junto com outros 19 deputados, 17 deles homens.
Com a abertura da janela para troca de partidos, promulgada pelo Senado em fevereiro deste ano, os dois deixaram o PMB e seguiram seu rumo. Wandscheer escolheu o PROS, partido criado na onda dos novos partidos pós-fidelidade partidária, em 2013. Já Couto foi para o tradicional PDT.
Impeachment
Couto participou, na manhã desta quarta-feira, da reunião da bancada do PDT. De acordo com ele, a decisão por se colocar contra o impeachment deve ser seguida por toda a bancada e que ninguém pediu a liberação da bancada – e quem votar contra sofrerá punições por parte do partido.
Já Wandscheer, por outro lado, havia se manifestado anteriormente contra o impeachment, mas admite que pode votar a favor. “Eu nunca falei que ia votar contra, eu disse que sou contra, mas meu voto depende do que acontecer no meu partido”, disse.
De acordo com ele, os sete deputados do PROS devem se reunir na próxima sexta-feira para definir qual será o voto da bancada. Seja qual for a decisão, há um acordo de que ela será seguida por todos os parlamentares. Há uma forte sinalização, porém, de que o partido deve votar pelo impeachment. Na comissão especial, os dois votos do partido foram nessa direção – ou seja, faltam apenas dois de cinco votos para consolidar essa decisão.
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