Preso há nove meses e já condenado a 16 anos de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, ainda busca na delação premiada um caminho para livrar-se das grades. O advogado Sérgio Riera, que assumiu o caso este mês, disse ontem que está conversando com a família de Baiano sobre um possível acordo com o Ministério Público.
Riera disse que a família tenta entender como funciona um acordo de delação. O principal interlocutor do advogado é Gustavo Soares, irmão de Baiano.
Semana ‘intensa’ da Lava Jato põe ex-deputados na berlinda
Leia a matéria completaO lobista é personagem-chave na denúncia oferecida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, ao Supremo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Apontado como operador do PMDB no esquema investigado pela Operação Lava Jato, Baiano foi descrito pelo delator Julio Camargo como sócio-oculto do presidente da Câmara.
Na ocasião, Camargo afirmou que Cunha pediu pessoalmente a ele US$ 5 milhões em propinas referentes a dois contratos de US$ 1,2 bilhão de navios-sonda, assinados pela Petrobras entre 2006 e 2007. Cunha negou a acusação.
Baiano foi condenado no dia 17 de agosto junto a Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras e Julio Camargo pelos crimes na compra dos navios-sondas. O total de pagamento de propina e depósitos em contas no exterior foi de US$ 45 milhões. Baiano permanecerá preso, pois o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, acredita que o fato do lobista ter contas na Suíça e em Hong Kong, ainda sob investigação, pode facilitar a fuga dele do país.
Investigação da PF sobre Pix pode virar “caça às bruxas” na oposição se houver adesão do STF
Moraes impede viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da posse de Trump
Crise do Pix: governo Lula sofre derrota de goleada e oposição comemora
Mudança no monitoramento de conteúdo do Facebook põe em xeque parceria com o TSE
Deixe sua opinião