O general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), encaminhou nesta terça-feira (23) um ofício à CPI dos Grampos da Câmara solicitando o adiamento de seu depoimento, que estava marcado para esta quarta-feira (24). O pedido foi aceito e não há ainda uma nova data para o depoimento.
Na carta enviada à comissão, Félix argumenta que necessita de prazo para ter mais informações para fornecer aos parlamentares. O general quer esperar o resultado de perícias em equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) antes de retornar à CPI, onde já esteve no dia 2 de setembro.
O primeiro laudo, feito pela Polícia Federal, afirma que a agência não teria equipamentos para realizar a gravação da conversa telefônica entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que deu início à crise.
Com o cancelamento do depoimento do general, a CPI irá ouvir nesta quarta-feira o ex-agente do Sistema Nacional de Informações, Francisco Ambrósio do Nascimento, que participou da Operação Satiagraha da Polícia Federal, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Será ouvido também Idalberto Matias de Araújo, que teria indicado Ambrósio para trabalhar junto com o delegado Protógenes Queiroz na operação da PF.
Nesta terça-feira, a CPI recebeu dois documentos do Ministério da Defesa. O primeiro é a lista de compras feitas pela Abin por meio da Central de Compras do Exército em Washington, nos Estados Unidos. Na lista estariam equipamentos capazes de realizar escutas telefônicas, segundo denunciou o ministro Nelson Jobim (Defesa). O outro documento é justamente o parecer feito pelo Exército ao analisar estes aparelhos. Ambos os documentos têm caráter sigiloso.
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