A informação de que a Força Aérea Brasileira (FAB) classificou o caça Rafale, da Dassault, em último lugar em seu parecer técnico - o sueco Gripen NG foi apontado como a melhor opção e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo - repercutiu na imprensa francesa, mas não quebrou o silêncio do governo de Nicolas Sarkozy. Contudo, a estratégia de atuar nos bastidores seguiria em curso: segundo o jornal "Libération", a Dassault estaria reduzindo seus preços para tentar conquistar o contrato.
A reportagem contatou o almirante Edouard Guillaud, porta-voz do tema no governo francês, em busca de uma reação sobre relatório, revelado pela revista "Veja" e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Por meio de uma assessora, ele disse que não se manifestaria. O silêncio também foi a resposta de executivos da Dassault.
Enquanto a empresa francesa se calou, os suecos mantiveram o perfil discreto. "Se a informação for verdadeira, será uma notícia muito importante para a Saab. Mas não recebemos nenhum tipo de comunicado oficial", disse a diretora de Comunicação da Saab Brasil, Anne Lewis-Olsson.
A Boeing divulgou comunicado ontem dizendo esperar "que a decisão final seja tomada com base nas propostas técnicas e estratégias prioritárias do governo brasileiro". "Acreditamos firmemente que o Programa Super Hornet oferece ao Brasil segurança garantida, a expansão da indústria aeroespacial e valores estratégicos de longo prazo", disse a empresa.
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