O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, informou nesta quarta-feira (6) que o governo federal pediu à Procuradoria-Geral da República para apurar denúncia de pagamento a deputados federais para que se ausentem, se abstenham ou votem a favor da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment na Câmara.
Segundo ele, o ministro Eugênio Aragão enviou uma solicitação de abertura de inquérito para investigar acusação feita pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Em entrevistas à imprensa, o parlamentar oposicionista acusou o governo federal de oferecer R$ 400 mil pela ausência e R$ 2 milhões por um voto contra o impeachment.
Sem apresentar provas, ele também se negou a dizer nomes dos deputados federais que teriam recebido as ofertas do Palácio do Planalto.
“O ministro Eugênio Aragão me disse que mandou pedido para a Procuradoria-Geral da República apurar. Se o deputado federal tem algum fato a falar, que declare. Se faltou com a verdade, cometeu declaração caluniosa”, disse.
Paulinho fez a acusação ao comentar declaração da presidente de que ela não fará nenhuma mudança ministerial antes da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados.
“É mais ou menos o que o PT faz a vida toda: engana todo mundo. Os parlamentares que estão aqui nesse troca-troca têm que saber disso: o governo oferece mas não cumpre”, disse. “Porque, se cumprir, imagina como será depois: pagar R$ 400 mil para um deputado ficar em casa, pra não vir votar.”
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