Só em junho do ano que vem o PMDB decidirá em convenção se lançará candidatura própria
Lideranças do PMDB de 15 diretórios estaduais lançaram neste sábado (21) o nome do governador Roberto Requião como pré-candidato à Presidência da República. A decisão foi tomada no encontro realizado no Hotel Pestana, em Curitiba, por um grupo de peemedebistas descontentes com os compromissos assumidos entre a cúpula nacional do partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sucessão presidencial no próximo ano. Estiveram presentes no encontro o senador Pedro Simon, o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, os senadores Pedro Simon (RS) e Neuto Couto (SC) e o ex-governador Orestes Quércia (SP). O senador Renan Calheiros, que havia confirmado presença, não compareceu.
O governador Requião afirmou que a decisão dá "oxigênio ao velho MDB de guerra". "Não podemos ter um partido acessório, que não se manifesta", declarou.
No encontro, os peemedebistas publicaram uma moção de apoio à candidatura de Requião, chamando a direção nacional do partido a promover debates nos estados para a elaboração de um programa de governo. O lançamento da pré-candidatura de Requião é uma reação à cúpula nacional do PMDB. Lula ofereceu à legenda a vaga de vice na chapa de Dilma Rousseff. Mas parte do PMDB prefere uma aliança com o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à presidência. Quércia, um dos peemedebistas que vinha defendendo a aliança com os tucanos, declarou ontem que abre mão do apoio à Serra em favor da candidatura própria. "Se não tivermos o candidato próprio, que para mim tem de ser o Requião, então defendo uma coligação com o PSDB", afirmou.
Coube ao senador Pedro Simon (RS) propor durante o encontro que Requião seja o candidato do PMDB à presidência. Depois de criticar os integrantes da cúpula nacional por terem feito parte tanto do grupo de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quanto do presidente Lula Simon defendeu que a partir de agora Requião comece a viajar pelo país para lançar seu nome como pré-candidato.
O lançamento de candidatura própria pelo PMDB tem sido visto como um "jogo de cena" para que alguns dirigentes estaduais possam desestabilizar a aliança entre PT e o partido e possam aderir livremente à candidatura tucana. Simon, porém, nega que seja esse o objetivo. "Com o nome dele (Requião) acho que vai ser muito difícil perder a convenção. A candidatura de Requião não é uma candidatura anti-Lula, é uma candidatura do PMDB que pode e vai para o segundo turno e talvez seja a salvação do Lula para não perder para o Serra". Na avaliação do senador, Requião, ao contrário de Dilma, pode vencer José Serra num segundo turno eleitoral.
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