O juiz federal Sérgio Moro prorrogou nesta terça-feira (23) por mais 24 horas a prisão temporária do executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar. A prisão temporária de Alencar expirou nesta terça, mas a PF pediu a conversão em prisão preventiva. O juiz concedeu a prorrogação por 247 horas para que o Ministério Público Federal se manifeste sobre a necessidade do executivo continuar preso.
“Reputo oportuno, antes de decidir, ouvir o MPF e viabilizar o contraditório, colhendo a posição da Defesa. Para tanto, já que se trata do último dia do prazo da temporária, prorrogo a medida por 24 horas, a fim de não esvaziar a eficácia da eventual decretação da preventiva e de viabilizar a manifestação prévia do MPF e da Defesa”, diz um trecho do despacho.
Alencar disse em depoimento à PF no dia 12 de maio que cuidava de doações eleitorais da empreiteira e admitiu ter recebido em seu escritório na empresa Rafael Ângulo Lopez, o “homem da mala” do doleiro Alberto Youssef.
Liberdade
Também nessa terça-feira (23) Moro determinou que outros três presos temporários na 14ª fase da Operação Lava Jato deixem a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. A Polícia Federal (PF) pediu a prorrogação das prisões temporárias dos presos Antônio Souza, Flávio Magalhães e Christina Maria da Silva Jorge, mas o pedido não foi acatado pela Justiça.
“Talvez fosse o caso da preventiva, mas esta é medida extrema e a bem da presunção de inocência, não deve ela ser prodigalizada, devendo ser reservada aqueles com participação mais relevante e intensa na prática dos crimes”, diz Moro em sua decisão.
Apesar da liberdade, Christina, Magalhães e Souza estão proibidos de deixar o país e de se ausentar de suas residências por mais de 30 dias.
Os quatro presos foram presos na 14ª fase da Operação Lava Jato, na última sexta-feira (23). O alvo da operação foram as empresas dos grupos Odebrecht e Andrade Gutierrez. Contra os presos temporários pesam suspeitas de participação no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
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