Oito reportagens críticas à Operação Lava Jato publicadas no blog do jornalista carioca Marcelo Auler voltaram a ser veiculadas. A juíza Vanessa Bassini, do 12.º Juizado Especial Cível de Curitiba, havia determinado que os textos fossem retirados do ar, mas reviu sua decisão. Outros dois textos continuam com a veiculação impedida por decisão do juiz Nei Roberto Guimarães, do 8.º Juizado.
Auler foi acionado na Justiça pelos delegados da PF Erika Marena e Mauricio Moscardi Grillo, integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Os textos removidos por ordem judicial fazem críticas à conduta da PF, por exemplo, no episódio de suposta escuta encontrada na cela de Alberto Youssef e quanto aos custos para a reforma de uma unidade da PF em Curitiba. Em outra reportagem, Auler afirma que a delegada Erika Marena fez vazamentos seletivos de delações premiadas da Lava Jato.
Para a defesa de Auler, a decisão de tirar os textos do ar foi “censura prévia”. A medida também foi criticada pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
A advogada que representa os dois delegados, Márcia Marena, afirmou que em nenhum momento foi determinado pelo Judiciário que se retirassem do ar reportagens sobre a Lava Jato, mas apenas o conteúdo considerado ofensivo.
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