O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) , foi o primeiro a chegar nesta quarta-feira (7) ao plenário para a sessão extraordinária marcada para contar prazos e manter a votação da PEC do teto de gastos públicos para o próximo dia 13. Nunes Ferreira se disse aliviado com uma solução razoável dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela manutenção de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência da Casa até o fim de seu mandato em 1º de fevereiro, quando tem a eleição de seu sucessor.
“O fato de ter essa questão resolvida de forma razoável é bom, permite que sejam retomadas as votações sem sobressalto. Não que eu duvidasse da postura do senador Jorge Viana, mas hoje o senador Lindbergh Faria me disse que depois da reunião da bancada com o Rui Falcão, ontem [terça-feira], o acordo firmado para votação da PEC do teto não valia mais. O Jorge estava muito pressionado pelo PT”, disse Aloysio Nunes.
O líder do governo admite, entretanto, que será difícil para a população entender o que aconteceu, e que a saída encontrada para a crise institucional entre Legislativo e Judiciário, deixará sequelas.
“Claro que deixa sequelas. Imagina ao cidadão acompanhando isso. Mas foi uma solução razoável. Não havia risco que motivasse o afastamento de Renan porque poderia assumir a presidência da República sendo réu. O que eu queria era que acabasse essa crise sem sentido. Vamos trabalhar”, disse Aloysio Nunes Ferreira.
A sessão de hoje será apenas para contar prazos, e o líder não quer nem ouvir falar na votação do projeto de abuso de autoridade, que tramita em regime de urgência. O líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), protocolou hoje o requerimento com as assinaturas necessárias para extinguir a urgência do projeto, mas precisa ser aprovado pelo plenário.
“Deus me livre, não quero nem ouvir falar nesse projeto”, diz Aloysio Nunes, tapando os ouvidos.
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