O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse ontem ter conhecimento das manobras de políticos brasileiros, incluindo o governador Roberto Requião (PMDB), para manter o emprego de parentes não-concursados no serviço público. Ele, porém, não quis comentar as ações. "Sei dessas atuações, mas não posso me pronunciar sobre casos concretos porque isso anteciparia o meu julgamento."
Lewandowski conversou com a reportagem da Gazeta do Povo no intervalo do julgamento sobre os limites da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. "Vamos esperar que chegue alguma reclamação ao plenário, antes disso eu realmente prefiro não falar." O ministro foi o redator da súmula editada há uma semana e que vedou o nepotismo nos três poderes.
Segundo interpretação do plenário do STF, as exceções à regra são os cargos de ministro, secretário municipal, estadual e distrital. Para evitar a demissão da esposa, Maristela Requião, que dirige o Museu Oscar Niemeyer, e do irmão, Eduardo Requião, superintendente do Porto de Paranaguá, o governador nomeou ambos para secretarias especiais. O mesmo fez o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (DEM). Ele elevou a irmã, Ana Maria Maia, de um cargo comissionado administrativo a secretária especial de Eventos.
Quem é Hugo Motta, o mais novo “queridinho” à sucessão de Arthur Lira na Câmara
Conheça a história de Hassan Nasrallah, número 1 do Hezbollah morto no Líbano
Dívidas, calote, queda nas vendas: como o vício em bets virou ameaça à economia do país
Moraes exige arrependimento e predição de “condutas futuras” para soltar Daniel Silveira
Deixe sua opinião