No primeiro depoimento depois de formalizada a delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht relatou nesta segunda-feira (9) detalhes do esquema de corrupção envolvendo um cartel de empreiteiras com obras na Petrobras. Marcelo falou na própria carceragem da Polícia Federal, onde está preso desde junho de 2015 na operação Erga Omnes, que em latim significa “vale para todos”.
Quatro procuradores da Operação Lava Jato acompanharam o depoimento do empresário. Na saída, já no fim da tarde, Deltan Dellagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima, Athaíde Ribeiro Costa e Diogo Castor evitaram dar qualquer detalhe do depoimento. Havia também representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entenda como a Odebrecht influenciava o Congresso
Leia a matéria completaA expectativa é que os funcionários da Odebrecht citem os nomes de mais de 100 políticos. O depoimento foi gravado e deve seguir para homologação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.
Já condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão, o empreiteiro se recusava a colaborar. No entanto, mudou de posição após a delação da secretária da empresa, Maria Lúcia Tavares, que revelou a existência do Setor de Operações Estruturadas, um departamento que tratava do pagamento de propina, segundo a Lava Jato.
Além de Marcelo, seu pai, Emílio Odebrecht, também decidiu fazer colaboração. Nas últimas semanas, a empresa admitiu ter participado do esquema de cartel e fez um pedido público de desculpas.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião