Ao tomarem posse ontem, governadores destacaram a crise nas finanças estaduais e prometeram cortes de gastos. No Mato Grosso, a medida anunciada pelo governador Pedro Taques (PDT) foi a futura demissão de 2 mil funcionários públicos que ocupam cargos comissionados. No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) disse que irá baixar um decreto que suspenderá por 180 dias o pagamento de "restos a pagar", que são despesas assumidas na gestão anterior, mas ainda não sacramentadas.
A medida encontrada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi a futura redução entre 20% e 25% do orçamento das secretarias com a revisão de contratos em vigor. Além das já anunciadas, governadores prometem futuras ações. No Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) destacou a crise financeira "sem precedentes", o que vai demandar uma postura "firme" do governo e da sociedade.
Análise do impacto
A nova safra de governadores enfrentará o risco de interrupção da trajetória de expansão dos investimentos observada nos últimos oito anos, pressionados pela paralisia econômica do país e pelos ajustes anunciados na administração federal. Como de hábito, investimentos, que englobam obras de infraestrutura e compras de equipamentos, são vítimas preferenciais em momentos de cortes. Nos estados, o impacto tende a ser especialmente agudo nessas situações.
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