A oposição cobrou nesta segunda-feira (19) explicações do governo Dilma Rousseff sobre o apagão que desligou parte da energia elétrica em sete Estados e no Distrito Federal. Para congressistas oposicionistas, o setor enfrenta problemas devido ao aparelhamento político promovido pelo governo. A interrupção no fornecimento de energia atingiu São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. Segundo a reportagem apurou, a falha no sistema ocorreu pelo elevado nível de consumo devido ao calor intenso.
A demanda teria sobrecarregado o sistema, que teve de ser desligado para evitar o risco de um apagão de maiores proporções e com mais dificuldades para o religamento. Quando o Congresso retomar suas atividades, em fevereiro, o DEM promete apresentar um pedido de convocação para que o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) apresente esclarecimentos aos parlamentares sobre o episódio. O partido também vai apresentar convites ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, e ao diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp. "Precisamos cobrar providências imediatas para reparar os efeitos que a desestruturação, o desmonte e aparelhamento político no setor elétrico têm produzido. Com apenas 19 dias do segundo Governo Dilma já sofremos o primeiro apagão. Precisamos de explicações mais claras do que apenas alegar 'razões operacionais' como fez o ONS", afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
Para o senador eleito Ronaldo Caiado (DEM-GO), o setor vive um caos devido a "opção desastrada da presidente Dilma em provocar uma redução artificial na tarifa de energia em 2013". "O setor energético não aguentou a barbeiragem de Dilma em 2013, quando a presidente usou a rede de rádio e TV para anunciar um 'desconto' fantasioso. Agora ela tem o dever de vir a público fazer o mesmo e esclarecer a real situação do setor energético. O que aconteceu nesta segunda foi muito mais do que apagão, foi racionamento mesmo", disse Caiado.
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