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Oposição quer que faltosos na votação do impeachment passem por exame médico

Se comprovada fraude, deputado poderá ser processado no Conselho de Ética

Medida foi tomada em acordo com Eduardo Cunha. | Antonio Cruz/Agência Brasil
Medida foi tomada em acordo com Eduardo Cunha. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Em acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados da oposição apresentarão questão de ordem nesta terça-feira (12) pedindo que os parlamentares que faltarem à sessão de votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (17) alegando problemas de saúde sejam submetidos a exame do departamento médico da Casa.

A ideia dos oposicionistas é que, caso o órgão da Câmara não ateste motivo para a ausência, o deputado seja submetido a processo de cassação do mandato por quebra de decoro no Conselho de Ética.

A ação faz parte de uma estratégia da oposição para evitar que deputados faltem à votação e, com isso, não seja possível alcançar o número de votos suficiente para aprovar o impeachment, de 342. O governo vem tentando, junto a parlamentares que têm dificuldades em votar contra o impeachment devido às pressões de suas bases eleitorais, que ao menos faltem à sessão para não precisarem votar contra a presidente.

“Ele tem até o direito de faltar, desde que assuma que está faltando por outra razão qualquer, e não por problema de saúde. Alegar que está doente para não comparecer à votação do impeachment é uma fraude ao processo de votação que constitui quebra de decoro e deve ser julgada pelo Conselho de Ética”, afirma o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Eduardo Cunha também pretende constranger os faltosos em plenário no dia da votação, segundo relatos. O peemedebista convocará a votar os deputados, um a um, e fará uma segunda chamada com os ausentes na primeira parte da votação. O presidente da Câmara quer garantir o máximo de quórum possível para a análise do impeachment.

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