A situação do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) agravou-se mais ainda com a descoberta, pela comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara, de que ele recebia o ressarcimento da verba indenizatória em espécie e também pagava em dinheiro vivo à empresa de segurança Ronda Ltda., de sua propriedade. Os pagamentos à Ronda não podiam ser feitos de outra forma, pois a empresa tinha as contas bloqueadas pela Justiça. Para os deputados da sindicância, teria ficado comprovado que a Ronda existia apenas para emitir notas que justificassem o uso da verba indenizatória.
Em 2008, o deputado gastou R$ 140 mil da verba indenizatória com serviços de vigilância prestados pela Ronda. Em 2007, R$ 90.600 foram pagos a outra empresa de sua propriedade, a Itatiaia Ltda. A comissão de sindicância deve concluir hoje relatório em que pede a abertura de processo de cassação de mandato do deputado no Conselho de Ética. O parecer não será conclusivo, mas dirá que há fortes indícios de que Edmar usou o recurso público em benefício próprio e pedirá o aprofundamento das investigações pelo conselho.
Edmar tem se defendido com o argumento de que a norma da Mesa Diretora sobre verba indenizatória não impede a contratação de empresas do próprio deputado. Este, no entanto, não é ponto central do relatório, mas sim o uso indevido do dinheiro público. Edmar deixou o cargo de corregedor da Câmara dias depois de ser eleito em fevereiro, após a revelação de que não declarou um castelo em Minas avaliado em R$ 25 milhões à Justiça Eleitoral. Ele alega que transferiu a posse para os filhos.
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