O parecer favorável do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), apresentado nesta quarta-feira (6), colocou fim a mais uma etapa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e manteve o cronograma para que a votação na Câmara ocorra em 17 de abril.
INFOGRÁFICO: O passo a passo do processo de impeachment
Restam poucos passos até que os votos sejam pronunciados pelos deputados no plenário – o voto será nominal e feito no microfone.
Ainda na comissão do impeachment, os membros analisarão e discutirão o documento lido pelo relator. Cada um dos 65 titulares e 65 suplentes terão 15 minutos para discursar. A programação é que as discussões comecem na próxima sexta-feira (8).
O presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), admitiu a possibilidade de que as discussões se estendam pelo fim de semana, depois de se reunir com as lideranças partidárias. Isso porque não houve acordo para diminuir o tempo de fala dos parlamentares, que fizeram fila antes da sessão para formar a lista de oradores.
O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), propôs vista de apenas 11 horas para evitar as sessões no fim de semana. Rosso, porém, rejeitou o pedido de Molon e deve manter o período regimental para a vista do relatório.
Dessa forma, a votação na comissão permanece prevista para a próxima segunda-feira (11). Nas contas do deputado paranaense Fernando Francischini (SD), a oposição tem 30 votos e o governo, 18.
Placar do impeachment: como a bancada paranaense vai votar
Leia a matéria completaOs indecisos somariam 17 – para aprovar o andamento do impeachment são necessários 33 votos. Aliados do governo já admitem que o foco agora deve ser evitar o impedimento no plenário.
Governo ameaça ir à Justiça para barrar impeachment
Responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, classificou o relatório apresentado por Jovair Arantes de “nulo”.
Ele destacou que o fato de o vice-advogado-geral da União, Fernando Albuquerque, não ter sido autorizado a falar na sessão desta quarta-feira é mais um ato que caracteriza o cerceamento de defesa da presidente.
E voltou a afirmar que, se o relatório não for revisto, acionará a Justiça, sem dizer em que momento pretende fazer isso. “Confio que a comissão irá rever as ilicitudes desse processo. Ninguém deseja um processo anulável, que se volte atrás por decisão judicial”, afirmou Cardozo.
País precisa de “esforço imediato” para conter queda da produção de petróleo, diz estatal
PSD de Pacheco é cobrado sobre impeachment de Moraes; senadores seguem “em cima do muro”
Das queimadas à alfinetada em Elon Musk: como foi o discurso de Lula na ONU
Na sua 1ª Assembleia Geral, Milei diz que ONU é “Leviatã” que impõe agenda ideológica
Deixe sua opinião