O PDT anunciou nesta quarta-feira (21) o apoio às candidaturas de Tião Viana (PT-AC) e Michel Temer (PMDB-SP) para as presidências do Senado e da Câmara. O partido decidiu ainda deixar o "bloquinho" na Câmara, que reúne seis partidos e apóia o nome de Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a presidência da Câmara. As eleições no Senado e na Câmara acontecem no dia 2 de fevereiro.
De acordo com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ambas as decisões foram unânimes. O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), disse que os apoios para a eleição se baseiam na tese de que um mesmo partido não deve comandar as duas Casas. Ele disse que há a possibilidade de o PDT deixar a candidatura de Temer caso haja um sentimento de vitória de José Sarney (PMDB-AP) no Senado.
"Se o PMDB insistir nas duas casas vai ser um problema. Fica difícil aceitar isso. Se sentirmos que isso vai acontecer vamos nos reunir na véspera da eleição para decidir", disse Paulinho.
O deputado afirmou que a saída do "bloquinho" acontece porque a associação entre os partidos não deu os resultados esperados. "A saída do bloco era esperado porque não cumpriu o que imaginávamos nas eleições municipais. O partido tinha dificuldade de expressar as opiniões", afirmou Paulinho.
O presidente licenciado da sigla e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, posou para fotos ao lado de Tião e Temer dizendo que a foto seria histórica com os dois "próximos presidentes".
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), também comemorou a decisão do partido. Lago é adversário de Sarney e disse que o PDT foi "coerente". Ele lembrou do passado do ex-presidente para dizer o que significaria a eleição do peemedebista no Senado. "Significaria que o presidente do partido da ditadura continua forte nos dias atuais".
Enquanto no Senado, a disputa está se fechando em torno de Sarney e Tião, com a já anunciada desistência de Garibaldi Alves (PMDB-RN), na Câmara, Temer e Aldo disputam os votos com Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR).
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