A falta de entusiasmo da cúpula do PMDB com a criação de uma CPI para investigar o envolvimento de parlamentares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, levou a um bate boca do senador Pedro Simon (PMDB-RS) com o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), durante a sessão do Conselho de Ética nesta terça-feira (10) que abriu o processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Simon ficou irritado com informações de que Renan, consultado pelo líder do PT, Walter Pinheiro (BA), sobre apoio a CPI, respondeu que não era tradição do PMDB apoiar ou propor CPIs.
Sentado logo à frente de Renan, Simon discursou protestando, dizendo que no passado era tradição do PMDB apoiar processos investigativos que levaram à criação da CPI dos anões do Orçamento, do PC Farias e do impeachment de Collor. "Não é tradição agora, desde que sua excelência Renan Calheiros assumiu a liderança do MDB! Mas no passado sempre foi! O MDB sempre buscou a transparência e apoiou investigações importantes aqui nessa Casa", discursou Simon, manifestando-se a favor da CPI.
Logo atrás, exaltado, Renan tentou apartear Simon, explicando que o PMDB, como maior bancada, tinha conquistado o direito de indicar o presidente do Conselho e sempre teve compromisso com a transparência de qualquer assunto. "Querem fazer investigação política? O PMDB não é contra. Vou consultar a bancada, mas já aviso aqui que vou assinar a CPMI. Vossa Excelência não pode ser injusto!", Renan.
"Não é tradição agora! Antes era!", continuou Simon, lembrando que mesmo instaladas, com a interferência da base do governo as últimas CPIs nunca tiveram um resultado ou mesmo relatório final.
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