O comandante do avião da Presidência da República, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, infiltrou uma amiga nos voos de ida e volta que levaram Dilma Rousseff para descansar em Natal (RN) no carnaval. O episódio abriu uma crise no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da presidente. O coronel deixou viajar no avião presidencial a professora de educação física Amanda Correa Patriarca, irmã de Angélica Patriarca, comissária da mesma aeronave.
Para a reportagem, Amanda disse que o coronel ajudou a colocá-la no avião de última hora porque ele é "amigo" de sua família. Ela afirmou que a presidente Dilma Rousseff não sabia de sua presença. Todos viajaram a Natal e ficaram na cidade a passeio entre 4 e 8 de março.
A presença de uma estranha alojada de improviso no avião presidencial, sem a ciência de Dilma, foi considerada internamente um risco às regras no aparato de segurança e uma ousadia ao rigor militar. Na quarta-feira (6), questionado pela reportagem, o GSI entrou numa operação com o Palácio do Planalto para evitar expor o episódio.
Na avaliação interna do Palácio do Planalto, a atitude do comandante do avião poderia colocar em xeque a autoridade de Dilma já que, teoricamente, somente ela teria a prerrogativa de convidar passageiros para seu voo.
A reportagem procurou na quarta-feira o GSI para se manifestar oficialmente sobre o episódio. A assessoria do órgão repassou o caso para a Presidência da República. A assessoria do Planalto, oficialmente, disse, numa breve nota, que somente autoridades dos Três Poderes têm autorização para solicitar ao Grupo de Transporte Especial (GTE), comandado pelo coronel Lyra Júnior, a presença de passageiros. Ou seja, ele não poderia ter colocado uma amiga no voo presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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