O Palácio do Planalto considerou as manifestações deste domingo (4) contra a corrupção “exemplares” pelo caráter pacífico, e ressaltou que os três Poderes têm de estar sempre atentos a reivindicações da população. Em nota, o governo disse que as manifestações mostraram “força e vitalidade” pela maneira “pacífica e ordeira” com que ocorreram.
Em frente à Justiça Federal, curitibanos prestam “apoio irrestrito” à Lava Jato
Leia a matéria completaNa última terça-feira, após um duro protesto em frente ao Congresso Nacional — que teve confrontos com a polícia, prédios públicos depredados e carros destruídos —, o presidente Michel Temer (PMDB) repudiou o “vandalismo, destruição e violência” do ato, por meio do porta-voz. O Planalto afirmou também que os três Poderes da República devem estar “sempre atentos” a demandas populares.
De acordo com o movimento “Vem Pra Rua”, houve protestos em 205 cidades em todo o país.
Já o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto de abuso de autoridade, atacou o protesto, chamando manifestantes de “mentecaptos manipuláveis”. “Presentes movimentos de mentecaptos manipuláveis”, escreveu ele no Twitter, também classificando membros da Operação Lava Jato de “jovens paladinos”. O senador garantiu ainda que apresentará a proposta na terça-feira “com ou sem pitis, com histerias e passeatas ou sem”.
O presidente da Associação dos Juizes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, afirmou que a população rechaça projetos como o de abuso de autoridade, marcado para ser votado no Senado na próxima terça-feira:
“Emendas do tipo crimes de responsabilidade e crimes por ofensa às prerrogativas de advogados foram rechaçadas pelo povo brasileiro nos protestos. É necessário que sejam criados instrumentos modernos de enfrentamento, e não que os magistrados e procuradores sejam intimidados com ameaça de prisão”, disse ele.
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