O PMDB quer ser reconduzido ao comando do Ministério de Minas e Energia com a "sangria" na Petrobras estancada. A avaliação dentro do partido e de interlocutores políticos no Palácio do Planalto é que é insustentável a permanência de Graça Foster no comando da estatal e também do restante da diretoria. Já durante a campanha eleitoral houve cobranças por mudanças na estatal por parlamentares do partido, o que gerou atrito com a presidente Dilma Rousseff.
O ministro Edison Lobão deve ser substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM) na pasta de Minas e Energia. Na esfera política, a preocupação é que Dilma espere demais e seja surpreendida por alguma ação da Justiça afetando o comando de Graça Foster.
Para aliados de Dilma, a questão não é mais se Graça sabia ou não, se participou ou não, e sim de recuperação da credibilidade da empresa.
Uma das sugestões é Dilma aproveitar o anúncio da reforma ministerial para fazer a alteração no comando da empresa.
Mas os aliados sabem que a presidente Dilma não gosta de agir sob pressão e avaliam que a cobrança da oposição pode fazer o processo demorar um pouco mais. A petista não costuma dar resposta às demandas da oposição.
Integrantes do Palácio do Planalto avaliaram neste sábado que Dilma vive um dilema: de um lado, Graça é sua amiga e, em última instância, a representa diretamente na estatal. Demiti-la seria uma confissão de fracasso também. Mas, por outro lado, a presidente está sendo alertada que as últimas informações acabam com o discurso de que Graça nada sabia dos problemas e que teria entrado para fazer uma limpeza na estatal.
Um aliado experiente resumiu: "agora, não é mais questão de culpa ou não da Graça e sim de recuperar a credibilidade da empresa".
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