A Polícia Civil não encontrou escutas clandestinas na Câmara Legislativa do Distrito Federal, segundo informou o delegado Fábio Souza, assessor do departamento de atividades especiais da Polícia Civil. Os policiais vistoriam as dependências do prédio desde a noite de quarta-feira e, até as 21h de hoje, pretendem concluir a perícia nos dois últimos gabinetes, o do presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), e Paulo Roriz (DEM), que tomou posse ontem.
A varredura foi requisitada pelo presidente da Casa, Wilson Lima (PR), após denúncia de deputados da oposição de que estariam sendo espionados a mando do governador licenciado José Roberto Arruda (sem partido). Preso na Polícia Federal desde ontem, Arruda responde a três pedidos de impeachment na Câmara Legislativa.
O delegado Fábio Souza respondeu às críticas de que a polícia teria demorado a investigar se havia ou não escutas clandestinas nos gabinetes. De acordo com o delegado, a polícia só pôde agir quando foi acionada pela Câmara.
Na quinta-feira da semana passada, dois policiais de Goiás foram presos em frente à Câmara Legislativa com aparelhos de escuta ambiental. Porém, apenas na última quarta-feira a Polícia Civil foi chamada para vistoriar o prédio. A varredura também foi previamente anunciada pelo presidente da Casa, Wilson Lima (PR). "Uma semana depois da prisão dos policiais, claro que não iam achar nada", criticou a deputada Érika Kokay (PT).
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