O presidente nacional do PT, Rui Falcão, diz em seu editorial semanal que a carta aberta de criminalistas apontando “exageros” na Operação Lava Jato é “mais uma denúncia relevante” sobre os “desmandos perpetrados” pela força-tarefa.
A ação já prendeu vários petistas, entre eles o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, o ex-ministro José Dirceu e o senador Delcídio Amaral (MS), e investiga suspeita de abastecimento de campanhas do PT com dinheiro desviado da Petrobras.
Segundo Falcão, o fato de que vários signatários defendem presos pela operação não tira o mérito do documento, que foi divulgado na semana passada como “informe publicitário” nos principais jornais do país. O texto repudia a “supressão episódica de direitos e garantias” que estaria sendo praticada na Lava Jato.
Agenda cheia marca volta de Sergio Moro à Operação Lava Jato
Leia a matéria completaPara o dirigente petista, o combate à corrupção e aos seus praticantes não pode “servir à violação de direitos, nem tampouco para fragilizar a democracia, tão duramente conquistada”. “É preciso vigilância e luta aberta contra este embrião de Estado de exceção que ameaça crescer dentro do Estado Democrático de Direito”, afirma Falcão.
No texto, publicado nesta segunda-feira (18) na Agência PT, Falcão critica a publicação de fotos de réus “em uma semanal da imprensa marrom”, no fim de semana. Para o petista, as fotografias, provavelmente extraídas de prontuários, serviriam para “promover-lhes o enxovalhamento e instigar a opinião pública”, disse, citando o texto dos criminalistas.
Falcão afirma que exigem resposta das autoridades as denúncias dos “exageros das delações forçadas, dos vazamentos seletivos de informações, ao excesso das prisões preventivas, para a espetacularização dos julgamentos, às restrições ao direito de defesa e ao trabalho dos advogados”.
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) repudiou o conteúdo da nota dos advogados, apontando acusações genéticas, e defendeu a autuação da força-tarefa, que há quase dois anos vem investigando um esquema de corrupção bilionário dentro da estatal petrolífera.
País precisa de “esforço imediato” para conter queda da produção de petróleo, diz estatal
PSD de Pacheco é cobrado sobre impeachment de Moraes; senadores seguem “em cima do muro”
Das queimadas à alfinetada em Elon Musk: como foi o discurso de Lula na ONU
Na sua 1ª Assembleia Geral, Milei diz que ONU é “Leviatã” que impõe agenda ideológica
Deixe sua opinião