Preterido ao governo, Alvaro Dias ganha liderança no Senado

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O senador Alvaro Dias assumirá em maio a liderança dos tucanos no Senado. Alvaro, que hoje ocupa a primeira vice-liderança do partido na Casa, vai substituir Arthur Virgílio (AM), que deixará a função após 11 anos para se dedicar a sua campanha de reeleição neste ano. A indicação foi anunciada ontem, um dia depois do diretório do PSDB do Paraná lançar o nome do prefeito de Curitiba, Beto Richa, como pré-candidato ao governo do estado, posto que também vem sendo pleiteado por Alvaro.

Apesar de o anúncio ter ocorrido apenas um dia após a escolha de Richa para o governo, o senador disse que a indicação dele para a liderança do partido já estava definida desde o início de 2009, quando foram discutidos os cargos da bancada na Mesa Diretora da Casa. "Já era uma decisão da bancada que eu seria o líder neste ano. Hoje (ontem) foi a primeira reunião da bancada, por isso só hoje (ontem) houve a confirmação", comentou.

O senador nega que a liderança seja algum tipo de "prêmio de consolação" da legenda para que ele deixe o caminho livre para Richa ser o candidato do partido ao governo do Paraná. "Quem diz isso não me conhece e me ofende. Eu não sou político de barganha, não sou picareta", disse.

A indicação de Alvaro para a liderança é encarada como um sinal de que ele ficará fora do pleito de outubro. Ontem, o senador Arthur Virgílio afirmou que um dos motivos para a escolha de Alvaro é que ele não deverá disputar a eleição de outubro, já que tem mandato na Casa até 2014.

"É fundamental que o líder não seja candidato. O senador Alvaro Dias vai assumir a liderança a partir de maio, já que em junho teremos as convenções partidárias para definir as candidaturas", disse Virgílio. Na semana que antecedeu o carnaval, a coluna Notas Políti­­­cas da Gazeta do Povo havia adiantado que Alvaro deveria assumir a liderança do PSDB no Senado caso não fosse escolhido para concorrer ao go­­­verno.

Alvato, po­­rém, insiste que a sua intenção de disputar o governo do estado permanece. "A direção nacional é que administra isso e o que a direção nacional determinar eu farei. No mo­­­mento que a direção nacional falar ‘você está liberado’, aí eu anuncio que não sou candidato", afirmou.