A Executiva Nacional do PT estuda recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acolher pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A iniciativa está em discussão pelo setor jurídico do partido, o qual alega que as liminares concedidas pela Suprema Corte em outubro suspenderam o rito do impeachment e impediram o peemedebista de tomar qualquer decisão em relação ao afastamento da presidente.
Além do comando nacional da sigla, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) também anunciou que pretende acionar a Suprema Corte. Segundo ele, não há atualmente um rito definido para promover o processo do impeachment. O parlamentar petista foi autor de mandado de segurança que barrou o processo em outubro.
A decisão do presidente da Câmara dos Deputados foi tomada em retaliação à Executiva Nacional do PT, que ordenou à bancada do PT na Casa Legislativa que apoie o prosseguimento do processo de cassação contra Cunha.
Na tentativa de recuperar o apoio do PSDB, que anunciou no mês passado o rompimento com ele, o peemedebista decidiu acolher o pedido de afastamento da petista apoiado pelo partido e assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Em troca, espera que o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), convença os dois deputados tucanos que integram o Conselho de Ética a renunciarem ou mudarem de posição pelo arquivamento do pedido de cassação do mandato do peemedebista.
Antes de fazer o anúncio oficial, Cunha ligou para o vice-presidente Michel Temer para informar a decisão. Para evitar a deflagração do processo de impeachment, deputados petistas chegaram até a última hora a ir ao gabinete do peemedebista garantir que até a próxima terça-feira (8) seria possível reverter os votos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
O Palácio do Planalto também informou ao presidente da Câmara dos Deputados que não tinha desistido de garantir ao peemedebista votos para o arquivamento do pedido de cassação. Em conversas reservadas, no entanto, o peemedebista disse que não podia mais confiar na promessa do governo federal.
Na avaliação de aliados de Cunha, com a deflagração do processo de impeachment, zera o placar do Conselho de Ética. O diagnóstico é de que, agora, DEM e PTB devem apoiar pelo arquivamento do processo.
Eleição de Trump ajuda na alta do dólar, mas maior vilão foram gastos excessivos de Lula
Empresas que controlam prisões privadas esperam lucrar com deportações prometidas por Trump
Peter Thiel, o bilionário que emplacou o vice de Trump e deve influenciar o governo
Lula fecha os olhos ao drama das crianças ucranianas
Deixe sua opinião