Os dois partidos que polarizaram a crise política do Brasil em 2016 – PT e PMDB – partem para mais um capítulo. De acordo com a Folha de S. Paulo, os partidos costuraram um acordo nos bastidores do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). O PT se comprometeria a apoiar o PMDB na eleição para a presidência do Senado em 2017, com Eunício Oliveira (CE). Em troca, a cassação de Dilma foi suavizada: o fatiamento do julgamento – que terminou cassando o mandato, mas sem a perda de direitos políticos – foi a solução encontrada.
De acordo com a Folha, o PT nega o acordo. Mesmo assim, grande parte da bancada do partido deve apoiar Oliveira. Alguns senadores petistas almejam, inclusive, um espaço na Mesa Diretora que comandará o Senado nos próximos dois anos.
Divisão entre os senadores
Muitos petistas consideram uma contradição apoiar o PMDB no Senado, depois do processo de impeachment. A ala ideológica do PT, representada por senadores como Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ), cogita lançar um candidato próprio.
O nome de Eunício Oliveira não é consenso no Senado. Embora seja favorito e não haja concorrentes, ele já foi citado quatro vezes na Lava Jato.
Câmara segue indefinida
Se no Senado já há um nome despontando como favorito, na Câmara dos Deputados a situação é mais complexa. Rodrigo Maia (DEM-RJ) quer se candidatar, mas a reeleição é vedada pela Constituição.
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