Empenhada em impedir desgastes que respinguem na campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a cúpula do PT quer agora proibir prévias para a escolha de candidatos ao Senado. A decisão promete polêmica, já que em três Estados - Rio, Pernambuco e Mato Grosso - petistas se engalfinham com o objetivo de garantir a indicação do partido para uma das duas vagas em disputa.
Sob o argumento de que é preciso evitar queda-de-braço na seara do PT e blindar Dilma na corrida ao Palácio do Planalto, o Diretório Nacional do partido deverá aprovar resolução, na próxima sexta-feira (5), vetando as prévias para o Senado. A tendência é deixar o veredicto sobre as candidaturas para os encontros estaduais, em abril.
O estatuto do PT determina a realização de prévia quando houver mais de um pretendente ao mesmo cargo majoritário, mas a decisão nesse caso, será política. Além de destacar que nunca houve votação de militantes para a escolha do concorrente ao Senado, petistas argumentam que o 4º Congresso Nacional do partido delegou ao diretório, no último dia 19, a tarefa de decidir, "em última instância", a tática eleitoral para impulsionar a campanha de Dilma.
Palanques
A polêmica, agora, ocorre no rastro das dificuldades para a montagem dos palanques de apoio a Dilma, em parceria com o PMDB. No Rio, depois de muita briga, o PT resolveu apoiar a campanha à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). Há, porém, um nó difícil de desatar na briga pelo Senado.
Após desistir de enfrentar Cabral, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), esperava ser aclamado candidato do PT ao Senado. Mas a secretária de Ação Social do governo fluminense, Benedita da Silva, está de olho na vaga.
Em Pernambuco, o secretário das Cidades, Humberto Costa, e o ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva também não conseguem chegar a acordo sobre quem vai empunhar a bandeira do PT para o Senado. A situação se repete em Mato Grosso: de um lado está a senadora Serys Slhessarenko, que deseja concorrer a mais um mandato, e, de outro, o deputado Carlos Abicalil, interessado na cadeira hoje ocupada por ela.
O partido tende a ficar sem nome próprio para os governos de São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo, Estados do Sudeste que concentram quase metade do eleitorado. Em Minas, tudo caminha para o candidato ser o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB) - embora o PT tenha o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, como postulantes à cadeira do governador Aécio Neves (PSDB).
Em São Paulo, o PT virou refém do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que ainda não decidiu seu destino político.
Moraes impede viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da posse de Trump
Mudança no monitoramento de conteúdo do Facebook põe em xeque parceria com o TSE
Após derrota do governo com o Pix, grupo vai acionar Nikolas Ferreira na Justiça; assista
Governo publica MP que proíbe taxar Pix e o equipara ao pagamento em espécie
Deixe sua opinião