Para 40,3% dos brasileiros, o presidente interino Michel Temer (PMDB) sofrerá impeachment ou será afastado do cargo antes que possa terminá-lo. A pesquisa, do Instituto Paraná Pesquisas, mostra ainda que 53,3% dos entrevistados acreditam que o peemedebista deve permanecer no cargo até o final. O levantamento revela também que o governo Temer é desaprovado por 55,4% da população e que há pouca expectativa de melhora na economia e no combate à corrupção.
De acordo com a pesquisa, 36,2% dos entrevistados aprovaram o governo do peemedebista. O índice de satisfação é maior entre os homens -- são 38,1%. Já 59,1% das mulheres desaprova a gestão de Temer, contra 51,5% dos homens. As mulheres que aprovam o governo Temer somam 33,9%.
A maioria dos entrevistados ainda afirma que o presidente interino teve um desempenho dentro da expectativa -- 52,7% disseram que o início da administração de Temer está indo exatamente como o esperado. Para 48,8%, a condução do novo governo se iguala à administração da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A expectativa de que a situação econômica do Brasil deve melhorar é uma realidade para 33,2% dos entrevistados. Já 44,6% acreditam que nada vai mudar. Outros 19,3% acreditam que a situação deve piorar e 2,8% não sabe ou não respondeu.
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Leia a matéria completaCorrupção
Questionados sobre a corrupção no país, 74,4% dos entrevistados dizem acreditar nada mudou com a troca de governo. Para 11,8%, a corrupção diminuiu desde a entrada de Temer no Palácio do Planalto e 9,6% acreditam que há mais escândalos de corrupção no novo governo. Outros 4,2% não souberam ou não responderam ao questionamento.
A grande maioria dos entrevistados também não concorda com a nomeação de ministros envolvidos na Operação Lava Jato. Para 84,4%, Michel Temer não deveria ter chamado ministros citados pela operação para compor o governo.
O Instituto também perguntou se os eleitores acreditam que os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, o ex-presidente José Sarney e o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha serão presos. A afirmativa é verdadeira para 63,8% dos entrevistados, contra 30% de contrários.
Impeachment
Questionados sobre os motivos que levaram ao afastamento de Dilma da presidência, 66,7% dos eleitores afirmaram que não consideram o impeachment um golpe contra a democracia. Para 29,5% dos entrevistados, a saída da presidente do cargo configurou um golpe.
A pesquisa foi realizada com 2.004 eleitores entre os dias 11 e 14 de junho em 24 estados e 162 municípios. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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