O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, deixou seus sisudos ternos, habitualmente cinzas, de lado e apareceu para trabalhar nesta sexta-feira (28) pela manhã na Câmara uniformizado de líder estudantil comunista: calça jeans, camiseta com a inscrição da União da Juventude Socialista (UJS) e uma sandália de couro. Mas seu vestuário informal não chamou a atenção de ninguém. Afinal, nem Câmara nem Senado trabalharam nesta sexta, dia do Servidor Público.
Primeiro presidente da UJS, Aldo aparentou surpresa ao ser informado sobre a derrota da entidade estudantil nas eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DEC) da Universidade de Brasília (UNB). "Eleição é que nem futebol: quando (o time) está ganhando, tudo fica tranquilo, mas quando perde, a gente começa a se preocupar", comentou o futuro ministro, entre baforadas de cigarro de palha.
A camiseta usada por Aldo foi uma homenagem à UJS, que completou em setembro 25 anos de existência. A trajetória política do futuro ministro é ligada a movimento estudantil. Antes de presidir a UJS, em 1984, ele foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1980. E foi a militância estudantil que o fez sair de Alagoas, na década de 70, e transferir-se para São Paulo, onde elegeu-se vereador na capital em 1988. Dois anos depois, conquistou seu primeiro mandato como deputado federal pelo PC do B. Hoje está em seu quinto mandato na Câmara.
O esforço de Aldo de trabalhar nesta sexta foi, no entanto, em vão. Seus planos de tentar recolher informações sobre a estrutura do Ministério do Esporte foram por água abaixo. Como era feriado, todo o sistema de computação da Câmara ficou fora do ar - o equipamento deverá voltar a funcionar somente na segunda-feira. "Não adiantou muito em vir aqui", lamentou o futuro ministro, ao deixar o gabinete para ir almoçar em casa.
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